quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Padroeiro do Rio de Janeiro

Hoje fiz esse pequeno estandarte para celebrar São Sebastião.



São Sebastião (França, 256286) originário de Narbonne e cidadão de Milão
Sebastião era um soldado do exército romano por volta de
283 (depois da Era Comum) com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal.
No entanto, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo como
traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas. Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), foi depois levado diante do imperador Diocleciano, que ordenou então que lhe fosse espancado até a morte. Mesmo assim, ele não teria morrido. Acabou sendo morto transpassado por uma lança.
Tal como
São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.
São Sebastião foi também o ícone de várias expressões artísticas. A Pintura há muito o nomeou como modelo de pintores da
Renascença.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010


Não vou fazer de meu blog um ‘querido diário’ nem de consultório sentimental. Também não sou contra quem faça. Mas esse nunca foi o meu propósito aqui. É claro que em alguns momentos, como acabamos por fazer amigos no blog, falamos um pouco de nós mesmos, da vida e até de decepções... outras horas só queremos falar umas coisas em voz alta. Acho que é o meu caso hj.
Fim de ano, início de um novo ano, a chegada do calor de 50 graus no Rio de Janeiro. Fora o corre corre da vidinha moderna que levamos... O que fica é uma sensação de que os dias estão correndo pelos dedos e o tempo - aquele senhor de barbas brancas -já começando de novo a vooaarr.
Tempo para ir ao cinema? Quase nunca.
Praia? Só fui na semana do réveillon
Leituras? Tenho lido apenas na Internet. O objeto livro tem ficado empoeirado na cabeceira
Blogar? Quase não tenho entrado aqui.
Dormir até mais tarde? Nem isso tenho feito
Ai ai ai
Mas, não pensem vocês que estou entediada e sem esperanças com o novo ano. NÃO, na verdade estou a todo vapor e com muita disposição para a alegria, para a novidade do mundo, para as boas oportunidades, e para o que vier...
Um grande beijo e um afetuoso abraço nos meus amiguinhos do blog! :)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Perto do Sagrado Coração de Maria - Méier

Fui nascida e criada no bairro do Méier, que é um dos mais tradicionais e importantes bairros cariocas, estando localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. Com 18 anos me mudei para a Zona Sul, mas minha família continuou morando no Méier. Minha mãe mora inclusive na mesma casa há quase 40 anos.

O Méier apresenta duas aparências urbanas distintas a que os moradores chamam de lado de lá e lado de cá, divididos pela escadaria da Estação de trem do Méier.
As áreas próximas da rua Dias da Cruz e da estação ferroviária são mais agitadas, com comércio; as outras áreas são mais calmas com casas e vilas que já estão perdendo espaço para os espigões.
O Méier é habitado, na sua maioria, por famílias de classe média e é o décimo sétimo bairro carioca com maior IDH, de 0,931, sendo um dos mais valorizados da Zona Norte. E é no bairro que se localiza o primeiro shopping do Brasil, o Shopping do Méier, inaugurado em 1963.
Em 1954 o bairro ganhou o Imperator, na ocasião a maior sala de cinema da América Latina com 2.400 lugares. O bairro já possuiu quatro cinemas. O mais famoso deles foi o Imperator. Os outros são: Art Méier (na rua Silva Rabelo) e Bruni Méier (na rua Amaro Cavalcanti) e o Paratodos (na rua Arquias Cordeiro).
O Cinema Imperator nos seus áureos tempos. Inclusive assisti ao filme "Mad Max" (da foto abaixo)no Imperator. A rotina era a seguinte: ir ao Imperator assistir um filme e depois ir na Padaria Imperator comer pizza e tomar um sundae naqueles copos de vidro grandes.
Em 1991, o Imperator foi transformado em casa de espetáculos, mas encerrou suas atividades em 1995. E todos os demais cinemas do bairro também foram fechados ou transformados em igrejas protestantes.

O bairro é cortado pela Estrada de Ferro Central do Brasil e a história do Méier se confunde com a dos trens. O aniversário da sua estação ferroviária é utilizado como data de fundação do bairro: 13 de Maio de 1889.

Essa é uma imagem antiga da Escadaria que dá acesso aos dois lados do Méier e que passa por cima da Estação de trem do Méier.


Esta já é uma imagem atual da Estação do Méier e de sua escadaria. Pensando, talvez, em dar um conforto para os moradores colocaram esses tubos azuis para proteger da chuva, no entanto alteraram a peculiaridade da antiga Estação.



Outra imagem da escadaria que agora até tem escada rolante, mas que perdeu parte do antigo charme. Fico pensando onde estão as pessoas que defendem o patrimônio do Méier para permitir um acinte desses... Será que a Associação de Moradores não se indignou, ou, de fato, cochilou nesse momento, ou será que pensam que escadas rolantes podem trazer benefícios maiores que possam substituir a preservação de toda a história de vida deste bairro carioca?!
A memória é algo que está completamente arraigado com a vida de todos os moradores que tiveram sua história vivida ali. E por conta disso, não é apenas passado, e sim presente e futuro.


Esta é a Basílica do Sagrado Coração de Maria localizada no 'outro lado do méier', ou seja do lado de lá da estação de trem. A Basílica possui arquitetura mourisca. É é o único templo católico no país com essas características. Construída entre 1909 e 1929 pelo arquiteto espanhol Adolfo Morales de los Rios, o mesmo que projetou o prédio da Fiocruz.
Temos poucas Basílicas no Brasil - mais precisamente temos trinta basílicas no Brasil - na realidade só o Papa pode elevar uma igreja ao status de basílica. A Basílica de Aparecida do Norte é a mais famosa.



Essa é uma imagem do Jardim do Méier


O Coreto fica centralizado no Jardim do Méier. Ele é um patrimônio tombado pelo Inepac e ícone do Méier desde 1914.


Pensando nesse cochilo da população do Méier e da sua passividade frente ao Poder Público, lembrei de um outro caso que me deixou igualmente chateada. É que muitas coisas me indignam e na verdade sempre fui assim... quando tinha quinze anos fui síndica da vila de meus pais e fiz um pequeno jardim. Nele nasceu, trazido nas terras que comprei, um pé de amendoeira que cresceu e virou uma linda árvore.
Eu já não residia com meus pais, e um dia recebi um telefonema de minha mãe dizendo que estavam cortando a árvore por uma decisão do síndico junto aos moradores, inclusive com a participação de meu pai na reunião. Não pensei duas vezes, liguei para o órgão competente que na mesma semana multou o condomínio. Inclusive meu pai teve que participar do pagamento da multa.